Umari: Benefícios Nutricionais e Usos Tradicionais

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1. Introdução

O Umari, cientificamente denominado Geoffroea spinosa Rich., é uma árvore pertencente à família Fabaceae (Leguminosae), subfamília Papilionoideae, nativa da América do Sul, com ocorrência significativa nos biomas Amazônia e Cerrado brasileiros.

Reconhecida por seus frutos comestíveis, de sabor e aroma peculiares, o Umari possui importância ecológica, econômica e cultural para as comunidades tradicionais. Apesar de seu potencial, ainda é relativamente subexplorado pela ciência e pela indústria.

Este artigo visa detalhar a taxonomia, origem, características botânicas, composição química, variedades, importância ambiental, econômica e cultural do Umari, bem como seus usos culinários, medicinais e os aspectos relacionados ao seu cultivo.

2. Nomenclatura do Umari

O nome Umari tem origem na língua Tupi e significa “Árvore que verte água” ou “Árvore que chora”. Ele carrega uma forte conexão com a natureza e a cultura indígena, refletindo a importância das árvores e da água para os povos originários do Brasil.

A correta identificação e compreensão da nomenclatura botânica são essenciais para o estudo e a comunicação sobre o Umari.

2.1. Classificação Científica do Umari

O Umari está classificado da seguinte forma no sistema taxonômico:
  • Reino: Plantae (Vegetal)
  • Divisão: Magnoliophyta (Plantas com flor)
  • Classe: Magnoliopsida (Dicotiledôneas)
  • Ordem: Fabales
  • Família: Fabaceae (Leguminosae)
  • Subfamília: Papilionoideae
  • Tribo: Sophoreae
  • Gênero: Geoffroea
  • Espécie: Geoffroea spinosa Rich.

A designação “Rich.” após o nome da espécie indica o botânico Louis Claude Marie Richard, que descreveu e nomeou formalmente a Geoffroea spinosa. O gênero Geoffroea compreende outras espécies nativas da América do Sul, algumas com propriedades semelhantes.

2.2. Nomes Populares do Umari

O Umari é conhecido por diversos nomes populares, variando de acordo com a região:
  • Brasil: Umari, omari, humari, cumari, cumarim, embiratanha, pau-de-espinho, taperebá-do-igapó (em algumas regiões amazônicas, confundido com Spondias mombin).
  • Outros países: Chontaduro (Colômbia, Peru, Equador), guacamayo (Venezuela).
A diversidade de nomes reflete a ampla distribuição e o uso tradicional da planta.

3. Origem e Distribuição do Umari

O Umari é nativo da América do Sul, com uma distribuição que abrange importantes biomas.

3.1. Regiões Geográficas Onde o Umari é Encontrada

O Umari é encontrado nas seguintes regiões geográficas:
  • Brasil: Principalmente na região Amazônica e no Cerrado, com ocorrências também em áreas de transição. Estados como Amazonas, Pará, Rondônia, Acre, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso e Goiás registram a presença da espécie.
  • Outros países: Colômbia, Peru, Equador, Venezuela, Guianas e Bolívia.

Sua adaptabilidade a diferentes condições ambientais contribui para essa distribuição relativamente ampla.

3.2. Tipos de Habitat do Umari

O Umari ocorre em diversos tipos de habitat, tanto em áreas úmidas quanto em ambientes mais secos:

  • Floresta Amazônica: É comum em áreas de terra firme, várzea e igapó, adaptando-se a diferentes níveis de inundação.
  • Cerrado: Encontra-se em diversas formações do Cerrado, como cerradão, campo cerrado e matas de galeria, demonstrando tolerância a solos ácidos e pobres em nutrientes.
  • Mata de Transição: Ocorre em áreas de contato entre a Amazônia e o Cerrado, apresentando características adaptativas a ambos os biomas.
  • Outras formações florestais: Pode ser encontrado em outras formações florestais da América do Sul com características semelhantes.

Sua capacidade de adaptação a diferentes regimes hídricos e tipos de solo é uma característica importante da espécie.

4. Características Botânicas do Umari

O Umari apresenta características botânicas distintas que o identificam.

4.1. Hábito de Crescimento do Umari

O Umari é uma árvore de porte médio a grande, atingindo alturas que variam de 10 a 30 metros, dependendo das condições ambientais. Possui uma copa densa e arredondada, com ramificação abundante. É uma planta perene, com crescimento moderado.

4.2. Tronco

O tronco do Umari é geralmente reto e cilíndrico, com diâmetros que podem variar de 30 a 80 cm. A casca é áspera, fissurada e de cor marrom-acinzentada, com ritidoma que se desprende em placas irregulares. A madeira é de densidade média a alta, com boa durabilidade natural.

4.3. Folhas

As folhas do Umari são compostas imparipinadas, alternas, com 5 a 11 folíolos elípticos a lanceolados. Os folíolos possuem ápice acuminado e base oblíqua, com margens inteiras. A coloração das folhas é verde-escura na face superior e mais clara na inferior. São glabras (sem pelos) ou levemente pubescentes quando jovens.

4.4. Flores

As flores do Umari são pequenas, numerosas e hermafroditas, agrupadas em inflorescências do tipo panícula axilar ou terminal. As flores possuem cálice campanulado com cinco dentes pequenos e corola papilionácea com pétalas brancas ou creme, com manchas amareladas ou rosadas. A floração ocorre geralmente na estação seca.

4.5. Frutos

O fruto do Umari é uma drupa carnosa e oval, com dimensões que variam de 3 a 6 cm de comprimento e 2 a 4 cm de diâmetro. A casca do fruto maduro é lisa e brilhante, com coloração que varia do verde ao amarelo, laranja ou vermelho, dependendo da variedade e do grau de maturação. A polpa é carnosa, oleosa e de sabor característico, que pode ser doce, levemente ácido ou ter um toque resinoso.

4.6. Sementes

Cada fruto do Umari geralmente contém uma única semente grande, envolvida por um endocarpo duro e fibroso (caroço). A semente é oval e possui um tegumento marrom. A dispersão das sementes ocorre principalmente por animais (zoocoria) que se alimentam dos frutos.

4.7. Raízes

O sistema radicular do Umari é pivotante e bem desenvolvido, permitindo à árvore ancorar-se bem e acessar água e nutrientes em diferentes profundidades do solo. Apresenta também raízes laterais que contribuem para a absorção. Sua adaptação ao solo é fundamental para sua ocorrência em diferentes ambientes.

5. Composição Química do Umari

Os frutos e outras partes do Umari possuem uma composição química rica e diversificada.

5.1. Principais Compostos Químicos do Umari

A composição química do Umari inclui:
  • Lipídios (Óleos e Gorduras): A polpa do fruto é rica em óleos, com predominância de ácidos graxos saturados e insaturados, como ácido palmítico, oleico e linoleico.
  • Carotenoides: Presentes em quantidades significativas, conferindo a coloração aos frutos e atuando como antioxidantes (ex: β-caroteno, licopeno).
  • Compostos Fenólicos: Incluindo flavonoides, taninos e ácidos fenólicos, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.
  • Vitaminas: Presença de vitaminas como a vitamina C e vitaminas do complexo B.
  • Minerais: Cálcio, fósforo, potássio e magnésio são encontrados em quantidades relevantes.
  • Açúcares: Frutose e glicose contribuem para o sabor do fruto.
  • Proteínas e Fibras: Presentes em menor proporção na polpa.

A composição exata pode variar dependendo da variedade, do grau de maturação e das condições ambientais.

5.2. Propriedades Medicinais ou Tóxicas do Umari

O Umari possui usos tradicionais na medicina popular e estudos preliminares investigam suas propriedades.

Propriedades Medicinais (em estudo):

  • Antioxidante: A presença de carotenoides e compostos fenólicos confere essa propriedade.
  • Anti-inflamatório: Alguns estudos sugerem atividade anti-inflamatória de extratos da planta.
  • Cicatrizante: O óleo extraído do fruto é tradicionalmente utilizado para tratar feridas e queimaduras.
  • Antimicrobiano: Estudos preliminares indicam potencial atividade contra alguns microrganismos.
  • Energético: O alto teor de lipídios confere valor energético ao fruto.

Propriedades Tóxicas:

Não há relatos significativos de toxicidade associada ao consumo dos frutos maduros nas quantidades normalmente utilizadas na alimentação. Estudos sobre a toxicidade de outras partes da planta são limitados, sendo necessário cautela no uso não tradicional.

O Umari é considerado um alimento seguro e nutritivo, com potencial para aplicações medicinais que requerem mais investigação científica.

6. Variedades de Umari

O Umari apresenta variabilidade em suas características, levando ao reconhecimento de diferentes formas ou variedades locais.

6.1. Diferentes Variedades ou Subespécies do Umari

Embora não haja uma classificação formal em subespécies, diferentes formas de Geoffroea spinosa são reconhecidas popularmente, baseadas principalmente na cor, tamanho e sabor dos frutos:

  • Umari Amarelo: Frutos com casca e polpa amareladas, geralmente com sabor mais adocicado.
  • Umari Vermelho: Frutos com casca e polpa avermelhadas ou alaranjadas, podendo ter um sabor mais intenso ou levemente resinoso.
  • Umari Branco: Variedade menos comum, com frutos de coloração mais clara.
  • Essas variações podem refletir adaptações a microclimas específicos e podem apresentar diferenças genéticas e fitoquímicas.

6.2. Características Específicas de Cada Variedade de Umari

As diferentes variedades de Umari podem apresentar variações em:
  • Cor da casca e da polpa: Amarelo, vermelho, laranja, branco.
  • Tamanho e formato do fruto: Ligeiras diferenças nas dimensões e no formato oval.
  • Sabor e aroma: Variações na intensidade do doce, da acidez e nas notas aromáticas e resinosas.
  • Textura da polpa: Pequenas diferenças na consistência e oleosidade.
  • Época de maturação: Possíveis variações no período de frutificação.

Estudos genéticos e fitoquímicos comparativos são necessários para caracterizar formalmente essas variedades e entender suas diferenças.

7. Importância Ambiental do Umari

O Umari desempenha um papel ecológico relevante nos ecossistemas onde ocorre.

7.1. Papel do Umari no Ecossistema

Espécie nativa e componente da biodiversidade: Contribui para a diversidade da flora local.

Fonte de alimento para a fauna: Seus frutos são consumidos por diversas espécies de animais, como aves, mamíferos e peixes (em áreas alagadas), sendo importante para a cadeia alimentar.

Atração de polinizadores: Suas flores atraem insetos polinizadores, como abelhas e outros himenópteros.

  • Proteção do solo: Sua copa densa e sistema radicular desenvolvido ajudam na proteção do solo contra a erosão.
  • Refúgio para a fauna: Sua estrutura arbórea oferece abrigo para diversas espécies animais.

7.2. Interações com Outras Espécies

  • Polinizadores (abelhas, outros insetos): Essenciais para a fecundação das flores e a produção de frutos.
  • Dispersores de sementes (aves, mamíferos, peixes): Ao se alimentarem dos frutos, os animais dispersam as sementes, contribuindo para a regeneração da espécie e a dinâmica do ecossistema.
  • Herbivoria: As folhas e outras partes da planta podem ser consumidas por alguns herbívoros.
  • Microrganismos: Interações com fungos micorrízicos podem beneficiar a absorção de nutrientes pela planta.

A conservação do Umari e dos seus habitats é crucial para a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.

8. Importância Econômica do Umari

O Umari possui crescente importância econômica, especialmente para as comunidades locais.

8.1. Usos Comerciais do Umari

  • Alimento fresco: Os frutos são comercializados em feiras e mercados locais.
  • Polpa congelada: A polpa é processada e congelada para comercialização em maior escala.
  • Óleo do fruto: Extraído artesanalmente ou industrialmente, com potencial para uso alimentício, cosmético e industrial.
  • Doces e geleias: Utilizado na produção de doces, geleias e compotas artesanais.
  • Artesanato: A madeira pode ser utilizada em artesanato local.
  • Turismo gastronômico: O Umari pode ser um atrativo para o turismo gastronômico em regiões onde é abundante.

8.2. Valor Econômico do Umari

O valor econômico do Umari se manifesta em:
  • Extrativismo: A coleta dos frutos representa uma importante fonte de renda para famílias e comunidades locais.
  • Agroindústria: O processamento da polpa e a produção de óleo e outros derivados geram valor agregado e empregos.
  • Mercado de produtos naturais: A crescente demanda por produtos naturais e da sociobiodiversidade impulsiona o mercado do Umari.
  • Potencial de cultivo: O cultivo do Umari pode se tornar uma alternativa econômica sustentável para agricultores da Amazônia e do Cerrado.

O manejo sustentável e o fomento ao cultivo do Umari podem contribuir para o desenvolvimento econômico regional e a conservação ambiental.

9. Importância Cultural do Umari

O Umari possui forte ligação com a cultura e as tradições das comunidades amazônicas e do Cerrado.

9.1. Uso em Tradições e Práticas Culturais

  • Alimento tradicional: O fruto é um alimento importante na dieta de muitas comunidades indígenas e ribeirinhas.
  • Medicina tradicional: Diversas partes da planta são utilizadas na medicina popular para tratar diferentes condições.
  • Rituais e festividades: Em algumas comunidades, a época da safra do Umari pode estar associada a celebrações e práticas culturais.
  • Conhecimento tradicional: O conhecimento sobre o manejo, os usos e as variedades do Umari é transmitido oralmente entre as gerações.

9.2. Significado Simbólico ou Religioso

O Umari pode ter significados simbólicos específicos para diferentes grupos étnicos, relacionados à sua importância como fonte de alimento, suas propriedades medicinais ou sua presença no ambiente natural. No entanto, informações detalhadas sobre significados religiosos específicos podem variar entre as culturas e requerem estudos etnobotânicos específicos.

Sua presença marcante na paisagem e seu uso tradicional o tornam um elemento importante da identidade cultural dessas regiões.

10. Uso Culinário do Umari

Os frutos, chamados umari ou MARI, embora um pouco amargos, comem-se cozidos ou em mingaus, por ocasião das secas e mesmo nos tempos normais. Deles se retira uma massa (mesocarpo), tida como peitoral e vermífuga. O Umari é um fruto versátil na culinária, utilizado de diversas maneiras.

10.1. Partes da Planta Utilizadas na Culinária

Frutos (polpa e óleo): A polpa é consumida in natura ou processada. O óleo extraído do fruto é utilizado para cozinhar e temperar. As sementes e outras partes da planta geralmente não são utilizadas na culinária.

10.2. Receitas Tradicionais

  • Umari ao natural: Os frutos maduros são consumidos frescos.
  • Suco de Umari: A polpa é batida com água e açúcar.
  • Tacacá: Prato tradicional da Amazônia que pode conter Umari.
  • Azeite de Umari: Utilizado para fritar, refogar e temperar alimentos.
  • Doce de Umari: A polpa é cozida com açúcar.
  • Geleia de Umari: Preparada com a polpa e açúcar.
  • Sorvete e picolé de Umari: A polpa congelada é utilizada para essas sobremesas.
  • Farinha de Umari: Em algumas comunidades, a polpa seca é transformada em farinha.

O sabor e o aroma característicos do Umari conferem um toque especial à culinária regional.

11. Uso Medicinal do Umari

O Umari possui diversas aplicações na medicina tradicional.

11.1. Propriedades Terapêuticas

  • Cicatrizante: O óleo do fruto é usado para tratar feridas, cortes e queimaduras.
  • Anti-inflamatório: Utilizado para aliviar dores e inflamações.
  • Antimicrobiano: Empregado para tratar infecções cutâneas.
  • Laxativo: Em algumas regiões, a polpa é utilizada como laxante suave.
  • Vermífugo: Há relatos de uso contra vermes intestinais.

11.2. Aplicações na Medicina Tradicional e Moderna

  • Medicina Tradicional: O óleo do fruto é amplamente utilizado topicamente para problemas de pele. A polpa e outras partes da planta são usadas para tratar problemas digestivos e outras condições.
  • Medicina Moderna: A pesquisa científica busca validar as propriedades terapêuticas do Umari, investigando seu potencial antioxidante, anti-inflamatório e antimicrobiano. Estudos fitoquímicos visam identificar os compostos responsáveis por essas atividades.

11.3. Efeitos Colaterais e Precauções

Não há relatos significativos de efeitos colaterais associados ao uso tradicional do fruto maduro. O uso de outras partes da planta para fins medicinais requer cautela e mais estudos para determinar sua segurança e eficácia.

É sempre recomendado consultar um profissional de saúde antes de utilizar qualquer planta medicinal.

12. Produtos à Base de Umari

O Umari tem potencial para o desenvolvimento de diversos produtos comerciais.

12.1. Produtos Comerciais Derivados da Planta

  • Óleo de Umari: Comercializado para uso culinário e cosmético.
  • Polpa congelada: Disponível em alguns mercados e feiras.
  • Doces e geleias artesanais: Produzidos localmente.
  • Cosméticos: Potencial para uso em cremes e loções devido às propriedades do óleo.

12.2. Processos de Fabricação

  • Extração do óleo: Pode ser feita por prensagem a frio da polpa ou por extração com solventes.
  • Obtenção da polpa: Os frutos maduros são lavados, a polpa é separada da semente e embalada.
  • Produção de doces e geleias: A polpa é cozida com açúcar até obter a consistência desejada.
  • O desenvolvimento de tecnologias para o processamento e a conservação do Umari pode impulsionar sua comercialização.

13. Cultivo do Umari

O cultivo do Umari ainda é incipiente, mas apresenta potencial para sistemas agroflorestais.

13.1. Clima e Temperatura

O Umari é adaptado a climas tropicais quentes e úmidos, com temperaturas elevadas e bem distribuídas ao longo do ano.

13.2. Solo

Prefere solos férteis, profundos e bem drenados, mas adapta-se a solos ácidos e pobres, comuns na Amazônia e no Cerrado.

13.3. Plantio

A propagação pode ser feita por sementes, com necessidade de superar a dormência. A enxertia pode ser utilizada para propagar variedades selecionadas. O espaçamento ideal varia de acordo com o sistema de cultivo.

13.4. Irrigação

A irrigação pode ser necessária nos primeiros anos e em períodos de seca, especialmente em áreas de Cerrado.

13.5. Adução

A adubação orgânica é recomendada para melhorar a fertilidade do solo e o desenvolvimento da planta.

13.6. Espaçamento

O espaçamento deve considerar o porte da árvore e a necessidade de luz para o desenvolvimento dos frutos.

13.7. Controle de Pragas

Poucas pragas significativas foram relatadas no cultivo do Umari, mas o monitoramento é importante.

13.8. Poda

A poda de formação pode ser necessária para conduzir o crescimento da árvore.

13.9. Colheita

A colheita dos frutos maduros é feita manualmente, quando apresentam a coloração característica da variedade e cedem levemente à pressão.

13.10. Rotação de Culturas

A rotação de culturas não se aplica ao cultivo de árvores frutíferas perenes. Sistemas agroflorestais são mais adequados.

13.11. Condições Locais

O sucesso do cultivo depende da adaptação da variedade às condições edafoclimáticas locais e das práticas de manejo adotadas.

14. Curiosidades Sobre o Umari

  • Seu nome alude ao fenômeno desta planta verter tanta água pelos brotos, no princípio da estação pluvial, que chega a molhar a terra. Os sertanejos consideram o fato como excelente indício de chuvas abundantes.
  • O óleo de Umari é tradicionalmente utilizado como repelente de insetos.
  • A madeira do Umari é utilizada na construção civil e na fabricação de móveis rústicos.
  • O Umari é uma árvore importante em sistemas agroflorestais, contribuindo para a diversificação da produção e a conservação ambiental.

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15. Considerações Finais

15.1. Resumo dos Pontos Principais

O Umari (Geoffroea spinosa) é uma árvore nativa da Amazônia e do Cerrado, valorizada por seus frutos nutritivos e saborosos, ricos em óleos e carotenoides. Possui importância ecológica, econômica e cultural para as comunidades tradicionais, com usos na alimentação, medicina e artesanato. Seu potencial de cultivo e desenvolvimento de produtos ainda está sendo explorado.

15.2. Importância da Planta para a Ciência e a Sociedade

Para a ciência, o Umari representa uma rica fonte de compostos bioativos com potencial para diversas aplicações. Estudos fitoquímicos, farmacológicos e agronômicos são cruciais para entender melhor suas propriedades e seu potencial de cultivo sustentável. Para a sociedade, o Umari oferece oportunidades para a geração de renda, a valorização da sociobiodiversidade brasileira e a promoção de sistemas alimentares mais diversificados e saudáveis. A pesquisa e o desenvolvimento devem ser realizados em colaboração com as comunidades tradicionais, respeitando seu conhecimento ancestral e promovendo a conservação da espécie e dos seus ecossistemas.

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