1. Introdução
A graviola (Annona muricata L.) é uma árvore frutífera tropical, apreciada por seus frutos grandes, saborosos e nutritivos e é a mais perfumada e importante entre todas as frutas conhecidas como araticuns. Além do consumo in natura, a graviola tem sido estudada por suas potenciais propriedades medicinais. Seu cultivo é comum em pomares domésticos de cidades e sítios das regiões norte e nordeste, onde é, seguramente, mais comercializada e consumida que em qualquer outro lugar do mundo. O maior produtor de graviolas da América do Sul é a Venezuela. No Brasil, o estado do Ceará destaca-se como maior produtor, por possuir grandes áreas, propícias para o seu desenvolvimento, aliadas à prática de irrigação e a produtores com visão empresarial voltada para a cultura. Este artigo explora em detalhes os diversos aspectos desta planta. Nacionalmente, o maior produtor individual é a empresa Amazon Pure, que, em uma única fazenda, no município de Trairi-CE, dispõe de mais de 32.000 pés de graviola.
2. Classificação Científica da Graviola
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- Reino: Plantae
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- Divisão: Magnoliophyta
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- Classe: Magnoliopsida
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- Ordem: Magnoliales
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- Família: Annonaceae
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- Gênero: Annona
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- Espécie: Annona muricata L.
3. Origem e Distribuição da Graviola

Tem-se como origem da gravioleira as terras baixas da América Tropical e vales peruanos; conhecida como guanábano (língua espanhola), soursop (lingua inglesa) e corossolier (língua francesa).
Regiões Geográficas:
A graviola é nativa das regiões tropicais das Américas, especialmente das áreas do Caribe, América Central e do Sul. Ela é amplamente cultivada em países como Brasil, Colômbia, Venezuela, Peru e México. Além disso, a graviola também é cultivada em outras regiões tropicais ao redor do mundo, incluindo partes da África, Sudeste Asiático e Pacífico Sul.
Tipos de Habitat:
A graviola prospera em climas tropicais e subtropicais, preferindo áreas com alta umidade e temperaturas quentes. Ela cresce bem em solos bem drenados e ricos em matéria orgânica. A planta é frequentemente encontrada em florestas tropicais, margens de rios e áreas cultivadas. A graviola pode tolerar uma variedade de condições de solo, mas se desenvolve melhor em solos profundos e férteis.
4. Características Botânicas da Graviola

“Fruta bonita e grande, são como melões no tamanho e verdes. E por fora tem assinaladas umas escamas como a “pinha’: E!rufa fria e para quando faz calor; e ainda que um homem coma uma graviola inteira, não lhe fará mal. A fruta e o seu manjar por dentro se parecem com natas ou com o manjar branco. Isso que se come, ou manjar, se desfaz logo na boca, como água, deixando um bom sabor.”
– Fernández de Oviedo (século XVI) – citado por Clara Inés Olaya (Livro Fruits of America: Tropical Y Subtropical – Amazon)
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- Hábito de Crescimento: A graviola é uma árvore de porte médio, que pode atingir entre 4 a 8 metros de altura. Ela possui um tronco reto e ramos espalhados, formando uma copa densa.
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- Folhas: As folhas da graviola são simples, alternas, de coloração verde-escura e brilhante. Elas são oblongas a elípticas, com margens inteiras e medem entre 6 a 20 cm de comprimento.
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- Flores: As flores da graviola são solitárias, grandes e de coloração amarela a esverdeada. Elas possuem três pétalas externas e três internas, sendo as internas menores e mais espessas. As flores são hermafroditas, contendo tanto órgãos masculinos quanto femininos.
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- Frutos: O fruto da graviola é grande, oval ou em forma de coração, com uma casca verde-escura coberta por espinhos suaves. A polpa é branca, suculenta e aromática, com um sabor doce e levemente ácido. O fruto pode pesar entre 1 a 4 kg.
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- Sementes: As sementes da graviola são numerosas, de cor preta ou marrom-escura, e estão embutidas na polpa do fruto. Elas são ovais e lisas, medindo cerca de 1 a 2 cm de comprimento.
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- Raízes: A graviola possui um sistema radicular profundo e bem desenvolvido, o que ajuda a planta a se estabelecer firmemente no solo e a absorver nutrientes e água de camadas mais profundas.
5. Composição Química da Graviola

Principais Compostos Químicos:
A graviola contém carboidratos, fibras, vitaminas (C, B1 e B2), minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio), além de compostos bioativos como alcaloides, acetogeninas, flavonoides e taninos. As acetogeninas são compostos únicos da família Annonaceae, sendo as mais estudadas pelas suas potenciais propriedades biológicas.
Propriedades Medicinais ou Tóxicas:
Estudos in vitro e in vivo têm demonstrado o potencial das acetogeninas da graviola em apresentar atividades antitumorais, antioxidantes, anti-inflamatórias, antiparasitárias e inseticidas. No entanto, é importante ressaltar que a maioria dos estudos ainda são preliminares e mais pesquisas em humanos são necessárias para confirmar esses efeitos. O consumo excessivo e prolongado de graviola, especialmente das sementes, tem sido associado a possíveis efeitos neurotóxicos, semelhantes aos observados em casos de Parkinsonismo atípico em algumas regiões tropicais.
6. Variedades
Existem algumas variedades de graviola que são cultivadas principalmente no Brasil e em outras regiões tropicais. Aqui estão algumas das principais variedades:
Morada: Esta variedade é considerada uma das melhores devido ao seu alto rendimento e qualidade do fruto. Os frutos são grandes, pesando entre 3 a 10 kg, com polpa firme e sabor sub-ácido a ácido. A Morada também é menos suscetível ao ataque de pragas como brocas do fruto e do tronco.

FAO II: A graviola FAO II é um tipo de graviola originária do Nordeste do Brasil. É uma das cultivares de graviola que se destacam na produção de frutos, juntamente com a graviola Morada. Em termos de aparência, é muito parecida com a Morada, contudo, essa variedade apesenta uma maior produtividade, chegando a uma média de 16 a 17 frutos por planta com um percentual de polpa por fruto com médias de 86,60%.

Lisa: Esta variedade é conhecida pela sua casca lisa e frutos de tamanho médio. A polpa é suculenta e doce, sendo muito apreciada para consumo in natura e na produção de sucos e sobremesas.

Blanca: A Blanca é uma variedade que se destaca pela sua polpa branca e sabor suave. Os frutos são menores em comparação com a Morada e principalmente com a FAO II, mas ainda assim são muito valorizados no mercado.

Essas variedades foram introduzidas pela Embrapa Cerrados em 1981 e têm sido amplamente cultivadas devido às suas características desejáveis.
7. Importância Ambiental

A Annona muricata L. desempenha um papel importante no ecossistema e interage com várias outras espécies. Vamos explorar esses pontos:
Papel no Ecossistema:
A graviola contribui para a biodiversidade das florestas tropicais onde é nativa. Ela fornece alimento para uma variedade de animais, incluindo mamíferos, aves e insetos. Além disso, a graviola ajuda a manter a saúde do solo através da ciclagem de nutrientes, uma vez que suas folhas e frutos caem e se decompõem, enriquecendo o solo com matéria orgânica.
Interações com Outras Espécies:
A graviola interage com várias espécies de polinizadores, como abelhas e besouros, que são atraídos por suas flores. Esses polinizadores desempenham um papel crucial na reprodução da planta, ajudando na transferência de pólen de uma flor para outra. Além disso, os frutos da graviola são consumidos por diversos animais, que ajudam na dispersão das sementes, permitindo que novas plantas cresçam em diferentes áreas.
Essas interações ecológicas são essenciais para a sobrevivência e propagação da graviola, além de contribuir para a saúde e diversidade dos ecossistemas tropicais. Se precisar de mais informações ou tiver outras perguntas, estou aqui para ajudar!
8. Importância Econômica

A graviola tem uma importância econômica significativa, especialmente em regiões tropicais.
Usos Comerciais:
A graviola é amplamente utilizada na indústria alimentícia, principalmente na produção de sucos, sorvetes, doces e polpas congeladas. Além disso, a graviola tem sido explorada na indústria farmacêutica devido às suas propriedades medicinais, sendo utilizada em suplementos alimentares e produtos fitoterápicos. A polpa da graviola é rica em nutrientes e antioxidantes, o que aumenta sua demanda no mercado de alimentos saudáveis.
Valor Econômico:
A graviola é uma fruta de alto valor econômico, especialmente para pequenos agricultores em regiões tropicais. No Brasil, por exemplo, a graviola é cultivada em diversos estados, com destaque para a Bahia, que é um dos maiores produtores. A demanda por graviola tem crescido tanto no mercado interno quanto no externo, impulsionada pelo interesse em frutas tropicais e produtos naturais. A comercialização da graviola e seus derivados gera renda significativa para os produtores e contribui para a economia local
9. Importância Cultural

Uso em Tradições e Práticas Culturais:
Em muitas culturas tropicais, a graviola é valorizada não apenas como alimento, mas também por suas propriedades medicinais. As folhas, frutos e sementes são utilizados em remédios tradicionais para tratar uma variedade de condições, como infecções, inflamações e problemas digestivos. Além disso, a graviola é frequentemente usada em cerimônias e festividades locais, onde é preparada em pratos tradicionais e bebidas.
Significado Simbólico ou Religioso:
Em algumas culturas, a graviola possui um significado simbólico ou religioso. Por exemplo, em certas comunidades indígenas da América do Sul, a graviola é considerada uma planta sagrada e é usada em rituais de cura e proteção espiritual. Acredita-se que a planta possua propriedades espirituais que ajudam a afastar energias negativas e promover a saúde e o bem-estar.
Essas práticas e crenças refletem a profunda conexão entre a graviola e as culturas que a cultivam e utilizam.
10. Uso Culinário da Graviola
Valor Nutricional:

A graviola é rica em nutrientes essenciais, incluindo vitaminas C, B1 e B2, além de minerais como potássio, magnésio e cálcio. Ela também é uma excelente fonte de fibras alimentares e antioxidantes, que ajudam a fortalecer o sistema imunológico, melhorar a digestão e combater os radicais livres.
Partes da Planta Utilizadas na Culinária:
A polpa da graviola é a parte mais utilizada na culinária. Ela pode ser consumida fresca ou usada em uma variedade de receitas, como sucos, sorvetes, sobremesas, geleias e até mesmo em pratos salgados. As folhas da graviola também são usadas em algumas culturas para fazer chás medicinais.
Aqui está uma receita simples e deliciosa de suco de graviola:
Suco de Graviola
Ingredientes:
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- 1 graviola madura
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- 1 litro de água gelada
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- Açúcar ou mel a gosto
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- Gelo (opcional)
Modo de Preparo:
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- Lave bem a graviola e corte-a ao meio.
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- Retire a polpa da graviola, descartando as sementes.
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- Coloque a polpa no liquidificador e adicione a água gelada.
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- Bata até obter uma mistura homogênea.
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- Coe o suco para remover qualquer resíduo de sementes ou fibras.
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- Adoce a gosto com açúcar ou mel.
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- Sirva o suco gelado, com gelo se desejar.
11. Uso Medicinal da Graviola

Propriedades Terapêuticas:
A medicina tradicional utiliza diversas partes da graviola para tratar diferentes condições, como inflamações, problemas digestivos, hipertensão, diabetes e parasitas. Estudos científicos têm investigado o potencial da graviola, principalmente das acetogeninas, em aplicações antitumorais, antioxidantes, anti-inflamatórias e outras.
Aplicações na Medicina Tradicional e Moderna:
Na medicina tradicional, são utilizados chás das folhas, extratos e outras preparações. A medicina moderna investiga o potencial de compostos isolados da planta para o desenvolvimento de novos medicamentos.
Efeitos Colaterais e Precauções:
O consumo excessivo e prolongado de graviola, especialmente das sementes, deve ser evitado devido aos potenciais efeitos neurotóxicos. Gestantes, lactantes e pessoas com doenças neurológicas preexistentes devem consultar um médico antes de consumir a graviola regularmente. É importante destacar que a graviola não é um tratamento comprovado para o câncer e não deve substituir tratamentos médicos convencionais.
12. Produtos à Base de Graviola

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- Produtos Comerciais Derivados da Planta: Além dos frutos frescos, existem sucos, polpas congeladas, sorvetes, chás, cápsulas e extratos de graviola disponíveis no mercado.
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- Processos de Fabricação: Os processos variam de acordo com o produto. A polpa é extraída e processada para sucos e sorvetes. As folhas são secas e trituradas para chás e extratos.
13. Cultivo da Graviola

O cultivo da graviola (Annona muricata L.) é uma prática que requer atenção a diversos fatores para garantir uma produção saudável e de qualidade. Com práticas adequadas, é possível obter uma produção saudável e rentável dessa fruta tropical tão apreciada. A seguir, abordaremos os principais aspectos do cultivo dessa fruta tropical.
Época e Formas de Plantio:
A graviola deve ser plantada no início da estação chuvosa, quando as condições climáticas são mais favoráveis ao desenvolvimento das mudas, deve ser feito em terrenos com altitude abaixo de 1.200 m. A propagação pode ser feita por métodos assexuados, como alporquia, estaquia e enxertia, ou por sementes. Para o plantio via sementes, é recomendável que as sementes sejam colocadas em água fria por 24 horas antes do semeio para quebrar a dormência. Entretanto, o uso de mudas enxertadas é preferível devido à uniformidade e precocidade na produção. Para qualquer dos processos a planta matriz – fornecedora de ramos de tecidos, de gemas ou de sementes – deve ser vigorosa, precoce, sadia, e de boa produção. As sementes devem ser obtidas de frutos maduros e sadios e elas devem ser integras e vigorosas.
Utilizando-se mudas, retira-se o fundo do saco, leva-se a muda à cova onde retira-se o resto do saco ao tempo em que se chega terra ao torrão comprimindo-a; a superfície do torrão deve ficar 2 cm acima do solo. Prepara-se uma bacia com 10 cm de altura a 30 cm do caule com 20 cm de palha seca. Irriga-se com 20 L de água e, em caso de ventos, tutora-se a muda (estaca enterrada ao lado que amarra a muda).
Espaçamento:
O espaçamento recomendado varia conforme as condições do solo e o porte da planta. Em geral, utiliza-se um espaçamento de 4 m x 4 m (625 plantas/ha) a 8 m x 8 m (156 plantas/ha). A variação deve-se do porte da planta, topografia do terreno, fertilidade, plantio consorciado ou não, definitivo ou temporário, condições climáticas. Em solos férteis e ricos em matéria orgânica, pode-se optar por 6 m x 6 m ou 7 m x 7 m.
Coveamento:
As covas devem ter dimensões 60 cm X 60 cm e ser abertas 60 dias antes do plantio separando terra dos primeiros 20 cm. No fundo da cova coloca-se mistura de parte da terra separada com 20 L de esterco de curral curtido e, 200 g de calcário; enche-se a cova com outra metade da terra separada mais 600 g de superfosato triplo, 200 g de cloreto de potássio e 200 g de calcário dolomítico
Clima e Temperatura:
A graviola requer temperaturas médias anuais entre 25°C e 30°C. Ela se desenvolve bem em climas tropicais e subtropicais, necessitando de chuvas acima de 1.000 mm/ano bem distribuídas (100 mm/mês), com umidade relativa do ar entre 75% e 80%. A região quente do semi-árido nordestino, com irrigação artificial, induz boa vegetação e produção à gravioleira. Ela não tolera geadas.
Solo:
Embora a graviola não seja exigente quanto ao tipo de solo, ela prefere solos argilosos e bem drenados. O preparo do solo deve incluir aração e gradagem para garantir uma boa estrutura para o desenvolvimento das raízes. Deve ser realizado o controle de cupins e formigas, 3 meses antes do plantio, efetuar aração (30 cm de profundidade) e uma a duas gradagens. Em caso de correção do pH do solo, aplicar calcário antes da aração (metade da dose) e antes da 1ª gradagem (outra metade).
Irrigação:
A irrigação é fundamental, especialmente durante períodos secos. A necessidade hídrica da graviola está estimada entre 3,5 mm a 4 mm de água por dia. É importante manter o solo úmido, mas sem encharcamento. A irrigação por gotejamento é recomendada para garantir uma distribuição uniforme da água.
Adubação:
A adubação deve ser feita com base na análise do solo e deve ser realizada antes do plantio e durante o crescimento da planta. Em geral, recomenda-se a aplicação de matéria orgânica, como esterco de curral, e adubos químicos, como NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), para garantir um bom desenvolvimento das plantas. Durante o ciclo da planta, recomenda-se aplicar adubos a cada três meses.
Controle de Pragas e Doenças:
As principais pragas doenças que afetam a graviola são:
Pragas:
Broca-do-Tonco: O inseto adulto é um besouro convexo de cor quase preta; a forma jovem, lagarta (broca), é branca, com cabeça escura, sem patas. A femêa ovipõe em orifício que faz na casca; a lagarta, saindo do ovo, penetra na madeira abre galeria no tronco e expele dejeções pelo orifício. O sinal do ataque é a presença de excrementos e exsudação pegajosa no tronco.
Controle: Injeção via orifício, de inseticida DDVP (10 ml. /10 litros de água).
Broca-do-fruto: O adulto é mariposa branca-acinzentada com 25 mm. de envergadura que põe ovos sobre flores e pequenos frutos. O jovem (lagarta), cor de rosa ou verde-pardo, roe a casca do fruto penetrando para seu centro, destroe a polpa e aloja-se na semente. Frutos atacados apodrecem e caem.
Controle: Queimar frutos atacados (planta e chão), pulverizar frutos com inseticida triclorfom 50 SC (Dipterex a 0,2%) ou fentiom 50 CE (Lebaycia a 0,15%) a cada 10 dias. Ainda usa-se ensacamento do fruto com saco de papel parafinado.
Com outras pragas cita-se vespa-da-semente (Bephrateloides), moscas-das-frutas (Ceratitis, Anastrepha), lagarta-das-flores (Thecla) e tripes-do-fruto (Heliothrips) que podem ser controlados com paratiom, carbaryl, malatiom e fentiom.
Doenças:
Em Viveiro: Tombamento de Plantinha ( causado por fungos Rhizoctonia, Fusarium) – Agentes atacam colo e raízes das plantinhas tombando-as.
Controle: preventivamente, tratando a terra para enchimento dos sacos com brometo de metila. Como tratamento pós germinação, pulverizar colo das plantinhas com benomyl 50 PM (Benlate a 0,1%).
Em Campo: antracnose (causado por fungo Colletotrichum gloeosporioides Penz.) O Fungo ataca ramos novos, flores e frutos pequenos provocando sua queda (umidade relativa e temperatura altas).
Controle: oxicloreto de cobre 50 PM (200 g. / 100 l. água) ou benomyl 50 PM (150 g. / 100 l. água) em pulverizações intercaladas de 10 em 10 dias.
Podridão Parda (causado por fungo Rhizophus stolonifer Sac.). O Fungo ataca flores e frutos, – na colheita e pós-colheita, penetrando através do penduculo causando podridão da polpa seguindo-se a mumificação do fruto.
Poda:
A poda é importante para a formação da planta, remoção de ramos secos e doentes, e para melhorar a circulação de ar e a penetração de luz. A poda de formação deve ser realizada nos primeiros anos, cortando-se o broto terminal a 60 cm do solo e selecionar 3-4 brotos bem distribuídos nos últimos 20 cm de altura do caule para formação da copa (não permitir altura acima de 2,2 m). A poda de manutenção deve ser feita anualmente.
Rotação de Culturas:
A rotação de culturas é recomendada para evitar o esgotamento do solo e a proliferação de pragas e doenças e para melhorar a fertilidade do solo. Como cultura secundária pode-se consorciar-se à mangueira e como cultura principal, aceita leguminosas (feijão, amendoim, soja) ou milho, abobora, batatinha.
Produção:

(Imagem do Canal Cleide Lifestyle: Plantação de Graviola)
As plantas provenientes de sementes começam a produzir frutos entre o terceiro e quarto ano após o plantio, enquanto as enxertadas podem iniciar a produção no primeiro ano. A produção comercial geralmente ocorre entre os três e cinco anos após o plantio, com uma vida produtiva que pode durar de 10 a 15 anos. A produção pode variar de 10 a 15 toneladas por hectare, dependendo das condições de cultivo e manejo.
Colheita:
Os frutos devem ser colhidos quando a casca muda de verde escuro para verde-claro, indicando que estão maduros. Após a colheita, os frutos devem ser armazenados em ambiente fresco por alguns dias até estarem prontos para consumo. Os frutos devem ser manuseados com cuidado para evitar danos.
14. Considerações Finais

A graviola é uma planta com grande potencial, tanto para o consumo alimentar quanto para a pesquisa científica. Seus frutos são nutritivos e saborosos, e seus compostos bioativos têm despertado interesse em diversas áreas da saúde. No entanto, é fundamental o consumo consciente e moderado, além da necessidade de mais estudos científicos para comprovar seus benefícios e potenciais riscos.
Veja também: Ata: A Delícia Exótica que Conquista Paladares – Natureza em Foco
15. Fontes
16. Galeria























